sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Cientistas criam tecido em forma de aerosol que é borrifado no corpo


Um tecido que pode ser borrifado na pele ou em outras superfícies para fazer roupas, curativos médicos e até cortinas e estofados foi apresentado nesta quinta-feira. O material, desenvolvido por um acadêmico e estilista espanhol, Manel Torres, em parceria com Paul Luckan, especialista em tecnologia de partículas do Imperial College London, foi batizado de Fabrican Spray-on.

Uma vez aplicado na pele com tecnologia aerosol, ele seca instantaneamente, não forma costuras, pode ser lavado e vestido novamente.

O tecido é composto de fibras pequenas, substâncias conhecidas como polímeros - que fazem com que as fibras se unam - e um solvente que permite que ele seja aplicado em forma líquida.

Após a aplicação, que pode ser feita com lata de aerosol ou um spray de alta pressão, o solvente se evapora. A textura pode ser alterada de acordo com o tipo de fibra usada (lã, linho ou acrílico) e dependendo da forma de aplicação.

'Material futurístico'

"Quando comecei este projeto, queria criar um material futurístico, sem costuras, rápido e confortável", disse Torres. "Na minha busca por produzir este tipo de tecido, terminei voltando aos princípios de tecidos mais antigos como o feltro, que também é produzido a partir de fibras e um modo de uni-las sem costurá-las ou tecê-las."

"Como artista, passei meu tempo sonhando com criações únicas, mas como cientista, tenho que me focar em fazer coisas reproduzíveis. Quero mostrar como a ciência e a tecnologia podem ajudar estilistas a criar novos materiais."

A moda, no entanto, é apenas um dos usos para a tecnologia. Torres criou uma empresa, a Fabrican Ltda, com o professor Luckham, para explorar outras aplicações, como bandagens médicas, lenços umedecidos, perfumadores de ar e estofados para móveis e carros.

"A aplicação do tecido borrifado na moda é uma excelente forma de anunciar o conceito, mas também queremos trabalhar com novas aplicações nas indústrias médica, de transporte e química", disse Luckham.

"Por exemplo, o tecido pode ser produzido e mantido em uma lata de aerosol esterilizada, que poderia ser perfeita para fazer curativos borrifados sem aplicar nenhuma pressão, no caso de queimaduras, ou para aplicar remédios diretamente sobre um ferimento", completou.

Fonte: BBC Brasil

"Primo" da varíola infecta macaco em TO



Pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) descobriram que o vírus vaccinia -causador de doença não letal, mas que traz grandes inconvenientes a humanos- está circulando pelo país e contaminou macacos na Amazônia.

"Foi surpreendente para nós. Apesar de nós já termos indicações anteriores, não imaginávamos que seria tão expressivo", afirma Erna Kroon, coordenadora do Laboratório de Vírus da UFMG.

O vaccinia foi encontrado em animais silvestres do Tocantins que dificilmente tiveram contato com humanos, gado ou outras espécies com contaminação registrada.

Segundo os cientistas, isso pode significar que uma importante forma de disseminação tenha passado despercebida na última década.

Em estudo publicado na revista científica "Emerging Infectious Diseases", eles dizem ter pistas de que a contaminação foi causada por roedores não silvestres, que entraram em contato com pessoas ou animais infectados.

Os pesquisadores acreditam que essa forma de transmissão silenciosa também aconteça com outros vírus -alguns mais perigosos do que o próprio vaccinia.

A UFMG está começando uma pesquisa com outra família de vírus e já encontrou casos de contaminação simultânea com o vaccinia. O que, inicialmente, reforça os temores da equipe.

Os pesquisadores descobriram a contaminação ao examinar animais resgatados na construção de uma hidrelétrica em Lajedo e Ipueiras, em Tocantins.

Dos 344 mamíferos resgatados, 84 indicavam presença de anticorpos para o vírus. O maior índice foi nos primatas: 25,3% dos macacos-pregos e 48,1% dos bugios.

Por meio de sequenciamento parcial e análise do genoma de seis amostras positivas das duas espécies, os cientistas confirmaram que se trata do mesmo vírus que, no resto do país, causa doenças no rebanho bovino.

O vaccinia pertence ao gênero Orthopoxvirus -o mesmo da varíola humana- e sua origem nunca foi complemente esclarecida.

Desconhecido

Sua proximidade com o causador da varíola fez com que ele fosse usado nas vacinas contra a moléstia, declarada oficialmente extinta pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 1980.

Os pesquisadores não sabem se o vaccinia encontrado em Tocantins tem relação com a imunização ou se é alguma outra forma recombinante na natureza.

A doença causada por ele em humanos, embora não letal, tem custos sociais e econômicos altos. O desconhecimento de médicos e laboratórios é uma das principais ameaças. "Como os profissionais de saúde não têm informações sobre o vírus, não sabem prescrever o tratamento adequado", alerta Kroon.

Os laboratórios também não costumam incluir a testagem para o vaccinia, que é altamente contagioso, em seus exames.

Em humanos, doença causa dores fortes

Ainda não existem registros de mortes de humanos causadas pelo vaccinia vírus, mas as pessoas contaminadas podem sofrer com pústulas (feridas com acúmulo de pus) que causam dores "extremamente fortes", afirma Erna Kroon, da UFMG.

Como não há tratamento específico, a medicação é indicada para tratar os sintomas, que incluem mal estar, perda de peso e problemas linfáticos.

No gado, o vírus causa a chamada vaccinia bovina, que também provoca ulcerações, que se manifestam principalmente nas tetas das vacas.

No Brasil, o vírus é endêmico em algumas regiões. A doença tem maior incidência em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. (Giuliana Miranda)

Fonte: Folha de SP

Camada de ozônio está estável desde 2000


A camada de ozônio manteve-se estável na última década. Até o meio do século, ela deve ficar gradualmente mais grossa e voltar a ser como antes dos anos 1980.

Na Antártida, porém, onde o buraco na camada de ozônio é grande, a recuperação será mais demorada. Ele deve se fechar somente no fim do século 21.

As conclusões, divulgadas ontem, saíram de um estudo elaborado pela Organização Mundial da Meteorologia (OMM) e pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Os cientistas atribuem o sucesso à decisão tomada em Montréal, no Canadá, em 1987, de interromper a produção dos clorofluorocarbonetos (CFCs) em produtos como sprays aerossóis e refrigeradores. Os CFCs são os principais responsáveis pela destruição da camada de ozônio.

As primeiras observações de um buraco sazonal aparecendo sobre a Antártida ocorreram na década de 1970. Na época, os países estavam produzindo CFCs em altíssimas quantidades, e a situação da camada de ozônio piorava com velocidade.

Ela é importante porque, nas altas altitudes, o ozônio bloqueia os perigosos raios ultravioleta do Sol e é essencial para a manutenção da vida na Terra. A perda do gás iria, por exemplo, aumentar o risco de câncer de pele.

Por esta avaliação científica sobre a camada de ozônio feita neste ano -a primeira atualização em quatro anos sobre o assunto-, a aplicação do Protocolo de Montréal "impediu um esgotamento maior da camada de ozônio", e ao mesmo tempo "apresentou valiosos benefícios secundários ao mitigar a mudança climática".

O Protocolo de Montréal, ao contrário das negociações do clima, é visto como exemplo de acordo internacional que conseguiu resolver um problema ambiental.

O físico e divulgador da ciência americano Carl Sagan, por exemplo, escreveu pouco antes da sua morte, em 1996, que o protocolo era "um triunfo para a glória da espécie humana", e que serviu para mostrar como a cooperação internacional poderia proteger o meio ambiente.
Fonte: Folha de SP

Número de brancos no ensino superior ainda é o dobro do de pretos


Em 1999, entre os estudantes de 18 a 24 anos de idade que cursavam universidade, 33,4% eram brancos, 7,5% pretos e 8% pardos. Os dados fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2009 divulgada nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação à população com ensino superior concluído, o número de brancos é três vezes maior (15%), apesar de o número de pretos e pardos graduados ter crescido entre 1999 e 2009, passando de 2,3% (tanto para pretos quanto para pardos) para 4,7% e 5,3%, respectivamente.

No geral, os brancos têm mais acesso à educação em todos os níveis. As desigualdades se apresentam desde o analfabetismo, cuja a taxa nacional era de 13,3% em 1999 e passou para 9,7% em 2009. Apesar dos avanços registrados na última década, os pretos e pardos ainda apresentam o dobro da incidência de analfabetismo verificado na população branca: 13,3% dos pretos e 13,4% dos pardos são analfabetos, contra 5,9% dos brancos.

Por fim, os brancos, em média, estudam 8,4 anos, enquanto os negros, 6,7 anos. Embora o indicador tenha melhorado entre pretos e pardos, em 2009, ainda está abaixo da escolaridade dos brancos em 1999, que era de 7 anos.

Na última década, a pesquisa também registrou que a diferença de rendimentos entre os negros e os brancos é de pelo menos 20%. No segmento mais rico da população, a síntese chama atenção para o fato de a proporção de pretos e pardos ser de 1,8% e de 14,2%, respectivamente.

"Trata-se de uma cifra ainda bastante distante da representatividade da população. Pretos e pardos são 6,9% e 44,2% das pessoas no Brasil em 2009, o que corresponde a uma maioria de 51,1% da população", avalia a pesquisa.

O documento também alerta que a vulnerabilidade das pessoas negras diante dos indicadores requer "atenção para as políticas públicas", pois, famílias de cor preta e parda são maioria entre aquelas com filhos de até 14 anos.

Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Parlamentares deverão observar eleições no Brasil e na Venezuela



O Parlamento do Mercosul (Parlasul) deverá enviar observadores para acompanhar as próximas eleições na Venezuela e no Brasil. Eles são integrantes do Observatório da Democracia estabelecido há dois anos pelo parlamento, com os objetivos de promover o intercâmbio de experiências e a cooperação em matéria eleitoral entre os países do bloco e contribuir para o cumprimento do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul.

Em correspondência enviada ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), atual presidente do Parlasul, indicou como observadores das eleições brasileiras, marcadas para 3 de outubro, 11 parlamentares de Argentina, Paraguai e Uruguai. Um deles será o argentino Claudio Lozano, para quem a participação dos observadores contribuirá para fortalecer a democracia.

- Promovemos a defesa de processo de democratização em todos os países da região, por isso a participação como observadores nos parece fundamental - disse Lozano.

Os parlamentares dos três outros países que integram o Mercosul, juntamente com o Brasil, deverão acompanhar o processo de votação em cidades como Brasília, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. Segundo a correspondência de Mercadante ao presidente do TSE, os parlamentares poderão ainda observar o segundo turno das eleições.

Venezuela

Durante reunião realizada na segunda-feira (13), em Montevidéu, os integrantes do Observatório da Democracia do Parlasul decidiram enviar nova correspondência ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, solicitando a autorização para a presença de integrantes do parlamento como observadores das eleições de 26 de setembro. Isto porque até o momento o conselho não respondeu a ofício enviado por Mercadante, com a indicação, como observadores, de parlamentares de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Durante a última sessão do Parlasul, o senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) admitiu que a possibilidade de ter havido "algum mal-entendido", que não terá ainda permitido a presença de parlamentares do Mercosul em Caracas, no dia das eleições. Da mesma forma pensa o deputado Germano Bonow (DEM-RS), igualmente membro do parlamento.

- O Parlasul tem o máximo interesse em se fazer presente nas eleições da Venezuela. Como soubemos que alguns partidos do Brasil terão representantes nas eleições, é provável que tenha havido algum problema de comunicação - avaliou Bonow.

Nos debates que antecederam a aprovação pelo Congresso brasileiro do ingresso da Venezuela no Mercosul, parlamentares da oposição lembraram que o Protocolo de Ushuaia estabelece a existência de regime democrático como condição para permanência no bloco. Eles ressaltaram ainda que as recentes ameaças à liberdade de imprensa poderiam indicar a existência de ameaças ao regime democrático na Venezuela.

Fonte: Agência Senado

IBGE disponibiliza novas imagens de radar da Amazônia e Nordeste



A partir desta terça-feira (14), os usuários de serviços de mapeamento, cartografia e avaliação de recursos naturais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contarão com novas imagens de satélite da Amazônia Legal e da região Nordeste. As 2.100 imagens estão disponíveis no site do instituto.

As novas imagens possuem resolução de 20 metros, são recentes (obtidas entre abril e setembro de 2008) e passaram pelo processo de ortorretificação (tiveram deformações de relevo corrigidas e coordenadas geográficas incluídas). Elas cobrem 17 estados, somando uma área total de mais 6.300.000 km², o que corresponde a aproximadamente 74% do território nacional. 

As imagens foram adquiridas pelo Phased Array L-band SAR (Palsar), um sensor de radar de abertura sintética (SAR) que opera na banda L. Os sensores imageadores de radar como esses são especialmente úteis devido à sua capacidade de gerar imagens mesmo em regiões cobertas por nuvens, uma situação frequente nas regiões Norte e Nordeste do País. Além disso, as imagens ortorretificadas pelo IBGE têm dupla polarização, característica que permite uma melhor interpretação, pelo usuário, das informações contidas nas imagens.
O Palsar é um dos sensores a bordo do satélite Alos, lançado pela agência espacial japonesa (Jaxa) em janeiro de 2006.
Fonte: Portal Brasil

Fazenda anuncia pacote contra vazamento de dados fiscais


O Ministério da Fazenda divulgou nesta terça-feira (14) medidas para prevenir quebras indevidas de sigilo fiscal pela Receita Federal. As mudanças pretendem reforçar a segurança das operações do Fisco e deverão entrar em vigor gradualmente a partir de novembro.

A primeira providência a ser tomada é o recadastramento dos funcionários que têm senhas de acesso a dados fiscais. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as senhas serão restringidas a funcionários que efetivamente tenham atribuição de investigar. Funcionários cedidos de outros órgãos, como o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), não terão mais acesso aos dados fiscais dos contribuintes.

A partir de agora, o contribuinte saberá se algum funcionário da Receita acessou os dados fiscais. A motivação para consulta terá de ser declarada antes do acesso e registrada no cadastro de contribuintes. Os acessos serão impressos na declaração, com data e nome do funcionário responsável.

O contribuinte também terá a opção de blindar o acesso à declaração do Imposto de Renda a terceiros. Dessa forma, somente as autoridades poderão consultar os dados, sendo vedado o acesso por meio de contadores e procuradores. Quem permitir o uso de procurações só poderá expedir o documento em cartório, que informará digitalmente à Receita que emitiu o documento. Hoje, a procuração pode ser feita na Receita e somente a firma precisa ser reconhecida em cartório.

A Receita estimulará ainda que o Poder Judiciário use o sistema eletrônico para ter acesso aos dados fiscais requeridos por juízes. De acordo com o ministro, o sistema existe, mas os tribunais preferem requerer as informações por meio de papel, o que abre brecha para falsos pedidos.

Também será criado um sistema de alerta para acessos não usuais. Quando o volume de acessos em uma unidade da Receita ultrapassar o habitual, se a consulta for feita fora de horário ou se alguém de uma região acessar dados de contribuintes de outras regiões, as chefias serão automaticamente avisadas.

O Fisco identificará pessoas politicamente expostas, que estejam mais sensíveis a violações de sigilo. A medida abrangerá ocupantes e ex-ocupantes de cargos políticos. Caso haja acesso a dados desses contribuintes, a área de inteligência da Receita comunicará o fato às chefias. Segundo Mantega, a iniciativa poderá ser estendida a parentes dessas pessoas.

Ainda será editada medida provisória para aumentar penalidades para funcionários infratores. Atualmente, em caso de acesso imotivado ou de empréstimo de senha, o servidor está sujeito apenas à suspensão ou advertência. Com as novas regras, quem ceder a senha pessoal a terceiros será automaticamente demitido. Em caso de acesso sem justificativa, o servidor será suspenso e sua conduta, investigada. Se as investigações constatarem consulta imotivada, o servidor também será demitido.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Comissão Estatuinte encerra trabalho e divulga nota de agradecimento


COMUNICADO
              Desde o dia 10 de março de 2008 a Comissão Executiva do Processo Estatuinte – CEPE desenvolveu seus trabalhos na condução do processo Estatuinte cujo objetivo foi reformular, democraticamente, o Estatuto da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, refletindo assim os anseios, desejos, vontades e idéias de todos aqueles que fazem essa Instituição. Esse objetivo se concretizou através da Assembleia Estatuinte quando finalmente foi aprovada a proposta de reforma do atual Estatuto da UERN, constituída de 220 (duzentos/as e vinte) delegados/as, sendo 110 (cento e dez) professores/as, 55 (cinquenta e cinco) estudantes e 55 (cinquenta e cinco) técnico-administrativos, realizada nos dias 24, 25 e 26 de julho de 2009 no Auditório Amâncio Ramalho da Universidade Federal Rural do Semi-Árido; 1º e 22 de agosto e 17 de outubro de 2009 no Auditório Milton Marques de Medeiros da Faculdade de Ciências da Saúde da UERN; e 1º e 2 de maio de 2010 no Hotel Villa Oeste.
            Por fim, concluídas as discussões e finalizada a proposta de reforma do atual Estatuto da UERN, comunicamos a toda comunidade acadêmica que a CEPE entregará a referida proposta ao Conselho Universitário – CONSUNI no dia 17 de setembro de 2010, às 9h, na Sala dos Órgãos Colegiados, encerrando, então, os trabalhos desta Comissão.
            Agradecemos a valiosa colaboração de todos que participaram desse processo.
 
            Atenciosamente,
 
Prof. Lúcio Ney de Souza
Presidente da CEPE

Nota da Redação: Corre na UERN o boato de que um grupo de professores de uma certa faculdade estaria se preparando para questionar as modificações implantadas no Estatuto da UERN, votadas por ampla maioria e em um processo totalmente democrático. Não concordam com a democracia na Instituição?

CAMPANHA POLÍTICA: O bombardeio do “JN”, como em 2006

Rodrigo Vianna, www.rodrigovianna.com.br/


Em 2006, a tática no “JN” da Globo, nas duas últimas semanas antes do primeiro turno, era 3 contra 1. Alckmin, Cristovam e Heloisa Helena tinham 1 minuto cada um, no telejornal da Globo, pra perguntar “De onde veio o dinheiro?”. Lula, candidato à reeleição, ganhava 1 minuto para tentar responder sobre o caso dos “aloprados”. A campanha, no “JN”, virou samba de uma nota só: era a melodia que interessava à oposição. Parecia que nada mais existia no Brasil, a não ser o “escândalo”. Com quinze dias de bombardeio, mais a foto do dinheiro criada pelo delegado Bruno, e ainda o erro de Lula (que faltou ao último debate), a mídia virou cinco por cento dos votos e levou assim a eleição pro segundo turno.

Agora, 4 anos depois, o “JN” repete o bombardeio. Mas de forma mais sutil. Nessa quarta-feira, conferi atentamente. Primeiro, uma “reportagem” sobre os partidos: PSDB acusa PT de quebrar sigilos, e o PT se defende. É a pauta que interessa a Ali Kamel. Não ao Brasil. Na sequência, três ”reportagens” sobre o dia dos candidatos. Serra entra primeiro e fala – advinhem? – sobre a quebra de sigilo. Dilma aparece na sequência pra se defender. A repórter que narra a “reportagem” sobre Dilma ainda avisa que a candidata não falou diretamente sobre o tema. Dilma não falou diretamente, mas era isso que a Globo queria botar no ar. Então, virou a pauta do dia.

Onde está a sutileza? Na terceira candidata. Marina apareceu por último, falando… de projetos para melhorar a vida das crianças. Serra e Dilma ficam na pancadaria – desagradável para o eleitor. E Marina aparece depois, correndo por fora, como a boa moça da campanha.

A tática a essa altura é essa: bater em Dilma e no PT, durante 20 dias. A tentativa é brecar o crescimento da petista. Serra pode até não subir muito com isso. A tentativa parece ser a de empurrar Marina – pra roubar votos de Dilma com o “escândalo”.

Provavelmente, não será o suficiente pra garantir o segundo turno. Mas a “Globo” entrou no jogo. Precisa garantir que a vitória de Dilma não seja avassaladora, que a petista (mesmo vitoriosa) fique na defensiva. E que o PT não vença em São Paulo.

Serra, que na terça-feira tinha prometido deixar o escândalo de lado, não manteve a palavra nem por 24 horas. Parece não ter escolha. A essa altura, ele já não comanda a campanha, mas é pautado pelos meios de comunicação – desesperados com a derrota iminente.

Fonte: NovaE

Serra sabia da quebra do sigilo da família quando era governador


São Paulo – O blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, resgata reportagem do SBT mostrando a ação criminosa de venda de informações pessoais e fiscais de milhões de brasileiros. Na matéria, o então governador José Serra afirma ter conhecimento da existência desse tipo de delito e admite que até seus familiares seriam vítimas dos bandidos.

Outras autoridades também foram ouvidos pelos repórteres do SBT, entre eles o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o ex-ministro e atual candidato a governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro e o ministro do STF Gilmar Mendes. Até o próprio presidente Lula - e sua família -, além do próprio José Serra, são mostrados em situação vulnerável em relação aos seus sigilos.

A admissão de conhecimento por parte de Serra da existência anterior de problemas para conter o avanço de quadrilhas especializadas em invadir sistemas e bancos de dados pode enfraquecer a tática de campanha do presidenciável, que tenta encontrar motivação política e eleitoral para os recentes episódios envolvendo suspeitas de quebra de sigilo de sua filha, Verônica Serra, e de membros ligados ao PSDB.

Fonte: NovaE